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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Para descontrair..


Fuvest divulga nota de corte do vestibular 2012; confira

12/12/2011 - 11h08 / Atualizada 12/12/2011 - 11h23

Fuvest divulga nota de corte do vestibular 2012; confira

Da Redação
Em São Paulo
A Fuvest acaba de divulgar a lista de nota de corte para a segunda fase do vestibular 2012 na manhã desta segunda (12).

Veja as dez carreiras com maior nota de corte na Fuvest 2012

Carreira2011 (89 questões)2012 (89 questões)
500 - Medicina7073
505 - Ciências Médicas - Ribeirão Preto6973
715 - Engenharia Aeronáutica - São Carlos6467
735 - Engenharia Civil - São Carlos5763
775 - Engenharia na Escola Politécnica5863
150 - Curso Superior do Audiovisual5961
270 - Relações Internacionais5761
785 - Engenharia - São Carlos5760
160 - Direito5659
220 - Jornalismo5459
Na primeira fase do vestibular, que aconteceu no dia 28 de novembro, um em cada dez inscritos não compareceu ao exame: a taxa de abstenção ficou em 9,95%. Dos 146.892 inscritos, 14.621 não compareceram.
No ano passado, o índice foi menor: 7,79%. As maiores taxas de abstenção foram registradas em Presidente Prudente (14,5%), Marília (12,72%) e Sorocaba (12,48%). As menores, em São José dos Campos (7,34%), Piracicaba (8,06%) e Jundiaí (8,53%). A Grande São Paulo registrou 9,74% de faltosos.

Veja fotos da 1ª fase do vestibular 2012 da Fuvest

Foto 12 de 55 - Candidatos começam a chegar à FEA (Faculdade de Economia e Administração) da USP (Universidade de São Paulo) para a primeira fase do vestibular 2012 da Fuvest

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

FUVEST 2012

08/11/2011 - 17h03 / Atualizada 08/11/2011 - 17h30

Engenharia civil em São Carlos é o curso mais concorrido na Fuvest 2012; veja outras

Da Redação
Em São Paulo

O curso de Engenharia Civil em São Carlos é o curso mais concorrido no vestibular Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) 2012. A relação é 52,27 candidatos por vaga, seguido por medicina (51,18 c/v) e publicidade e propaganda (47,20 c/v).
A lista com todas as concorrências está disponível aqui. Estão inscritos 146.892 candidatos, 100 deles para a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Quase 18,8 mil do total (12,8%) são treineiros.
Houve mudança nos primeiros lugares: o primeiro, em 2011, era ocupado pelo curso de medicina, com 49,25 candidatos por vaga.

Carreiras com relação Candidato/Vaga igual ou superior a 25

Curso Candidatos/vaga
Engenharia Civil – São Carlos 52,27
Medicina 51,18
Publicidade e propaganda 47,20
Relações internacionais 44,55
Ciências Médicas - Ribeirão Preto 40,61
Jornalismo 39,78
Audiovisual 34,63
Artes Cênicas (Bacharelado) 31,53
Psicologia 31,43
Design 30,45
Arquitetura - São Carlos 28,02
Ciências biomédicas 27,10
Fisioterapia 26,52
Arquitetura (FAU) 25,29

domingo, 23 de outubro de 2011

Para professores, 1º dia do Enem 2011 teve nível médio e exame precisa ser menos cansativo

22/10/2011 - 20h20 / Atualizada 22/10/2011 - 21h33

Para professores, 1º dia do Enem 2011 teve nível médio e exame precisa ser menos cansativo

Danilo Schramm
Suellen Smosinski
Em São Paulo
Comentários 4
Para o coordenador do curso e colégio Etapa, Edmilson Motta, o primeiro dia do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011 mostra que "o Exame está se consolidando e amadurecendo". Ele destaca uma evolução nas questões de geografia e física. "Dá para perceber que houve uma preocupação com os últimos anos e houve um aprimoramento", afirmou.

O professor concorda com os alunos, que reclamaram da extensão das provas: "O grande desafio do Enem é vencer o cansaço. É uma prova muito cansativa, porque todas as questões envolvem texto. São perguntas de nível médio, mas com 90 testes que envolvem muita leitura não tem como não ser exigente. O desafio do candidato é enfrentar isso" disse Motta.

O coordenador geral do Anglo, Luis Ricardo Arruda, sentiu falta de mapas e gráficos na prova de geografia. Ele considerou que a prova de história teve poucos temas e que alguns enunciados de biologia estavam exagerados e com conteúdo desnecessário.

Veja fotos do Enem 2011

Foto 57 de 98 - Um fotógrafo contratado pelo UOL para fazer a cobertura do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011 em Fortaleza entrou em algumas salas de prova da Uece (Universidade Estadual do Ceará) neste sábado (22). Sem ser avisado de que não poderia fazer imagens no local, ele seguiu fazendo fotografias, até que um fiscal de prova pediu para que o fotógrafo se retirasse -- o que ele fez prontamente

Veja fotos por Estado e UF: SP; RJ; MG; PR; DF; RS, CE e PA Mais UOL
Para Arruda, a prova estava com dificuldade mediana, com exceção de física que "estava difícil". Segundo o professor, as alternativas não estavam bem colocadas, o que causou dúvida na hora do candidato escolher entre uma opção e outra.

“No geral, avaliamos as provas de hoje como boas, mas o Enem ainda tem um caminho grande pela frente para atingir seus objetivos”, afirmou o coordenador do Anglo.

De acordo com Motta, a prova foi média, "mas o exame acaba se tornando muito exigente por conta da extensão da prova, dos enunciados. Para ir bem precisa estar bem preparado no conteúdo e bem fisicamente para aguentar o ritmo de prova", disse.
Confira comentários dos professores do Curso e Colégio Objetivo sobre as matérias da prova de hoje:
Geografia
Para o professor Tom Carvalho, a prova de geografia teve um grau de dificuldade médio. “Apesar de apresentar questões com enunciados grandes, estava muito objetiva”, afirmou.
O professor considerou incomum a falta de imagens e disse que em todas as questões da matéria foram apresentadas apenas duas fotos e um mapa.
Física
Ricardo Helou Doca, professor de física, achou que as perguntas da matéria estavam bem distribuídas dentro do programa do ensino médio (mecânica, ótica, eletricidade, etc). "As questões eram originais com textos interpretativos, gráficos desenhos, tabelas".
Segundo o professor, a prova teve dificuldade media, com enunciados bastante completos. Bastava ler com atenção e cuidado. “Apenas para ler o caderno de questões o candidato levaria 1h20”.
Biologia
O professor Constantino Carnelos achou a elaboração da prova desse ano melhorr que a do ano passado. Para ele, as questões de interpretação de texto eram do tipo: "ou sabe ou não sabe, independente do enunciado". Carnelos destaca que não houve confusão entre as respostas.
Química
Segundo o professor Alessandro Nery, a prova de química estava bem trabalhosa e trazia cinco questões que exigiam cálculos mais complexos. O texto dos enunciados exigia uma boa interpretação de texto. "Os enunciados eram grandes, mas não exagerados".

Candidatos reclamam do cansaço

Candidatos ouvidos pelo UOL Educação em seis capitais brasileiras relataram que o primeiro dia de provas do Enem foi tranquilo, porém cansativo. Para alguns, as questões do exame deste ano estavam bem mais complicadas e com uma quantidade de textos maior em relação aos anos anteriores.
No bairro da Barra Funda, em São Paulo, primeiros candidatos a deixar o local de prova reclamaram do cansaço. "Comecei a fazer tranquilo, mas depois foi ficando cansativo e eu chutei bastante", disse Renan da Cunha Odone, 17.
Para Karen Bontempo, 17, a prova tinha muitas pegadinhas, algumas questões mais fáceis e outras bem difíceis: "comecei a perder a paciência e chutar tudo", contou.  A estudante achou as questões de humanas mais fáceis que as de ciências da natureza.
Um veterano de Enem também achou as provas desse ano mais complicadas. "É o terceiro ano que faço o Enem e pra mim foi o mais difícil. Espero que amanhã seja mais fácil", afirmou Diego Simões da Cruz, 20. Ele classificou a prova de ciências da natureza como "maçante".
Everaldo Mece da Silva, 25, fez o Enem em 2008 e achou a prova de hoje diferente e bem mais difícil. "Foi muito cansativo, no final já estava louco. Antes era mais curta". E teve candidato que achou a quantidade de textos desnecessária. "A prova é básica, tem muito texto que eu acho que foi exagero". O estudante também achou que o exame tinha poucos desenhos, o que tornava a prova mais cansativa. "Comparada com a do ano passado, achei a prova mais bem feita, mais focada", afirmou.
Em Curitiba, o primeiro dia do Enem foi marcado pela rapidez com que os alunos concluíram as provas. Os primeiros a sair levaram pouco mais de duas horas para entregar os testes e deixar a sala. "Estava tranquilo. Não tinha muita conta", disse o estudante Daniel Ulrich, 18.
Candidatos que realizaram a prova num centro universitário localizado no bairro Nova Granada, em Belo Horizonte, classificaram o 1º dia de provas como tranquilo, apesar de terem enfrentando enunciados grandes. Os primeiros alunos começaram a deixar o local de provas às 15h. A candidata Izabel Rosa, 33, afirmou que a prova estava “mais fácil que nos anos anteriores”.
O primeiro dia de provas em Porto Alegre foi tranquilo. Do lado de fora das salas de aula, a Brigada Militar não registrou nenhuma ocorrência grave. Já do ladro de dentro, os estudantes também classificaram o teste como fácil, porém cansativo. “A prova estava muito fácil, mas as questões eram muito grandes”, afirmou Luciano Bicolotto, 17 anos.
Para os estudantes que fizeram o exame no campus Federação da UCSal (Universidade Católica de Salvador), o nível de dificuldade da prova foi proporcional à faixa etária. Os mais novos ou os que ainda estão estudando classificaram a prova como “fácil, mas cansativa”, e os mais “velhos” disseram que as questões foram “muito difíceis”.
Os primeiros estudantes que saíram do local onde realizaram o Enem, às 14 horas de sábado, 22, do horário de Fortaleza (15 horas de Brasília), no Ceará, informaram que as provas, este ano, não apresentavam erros. Pelo menos 30 alunos deixaram as salas de aula da Uece (Universidade Estadual do Ceará) afirmaram que as páginas do exame estavam corretas. O estudante Natanael Pereira, 18,  presta o exame pela segunda fez e avaliou o nível das questões como médias. “Exigem atenção e, principalmente, interpretação.

Enem 2011 continua neste domingo com prova de redação; confira dicas

23/10/2011 - 06h00

Enem 2011 continua neste domingo com prova de redação; confira dicas

Karina Yamamoto
Editora de UOL Educação
Em São Paulo

Neste domingo (23), acontece mais uma prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011. Os inscritos vão responder a questões de linguagens, códigos e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, além de escrever uma dissertação (redação). O tempo de prova será de 5h30.

Veja fotos do primeiro dia do Enem 2011

Foto 93 de 98 - Karen Bontempo, 17, no Enem em São Paulo

Veja fotos por Estado e UF: SP; RJ; MG; PR; DF; RS, CE e PA Mais Rodrigo Paiva/UOL

Veja cinco dicas para fazer uma boa redação

  • 1

    Dissertação e narração
    O candidato precisa saber a diferença entre dissertação e narração. "O texto dissertativo é aquele por meio do qual se faz comentário a respeito de uma questão em debate e o comentário é expresso de maneira direta por meio de conceitos e julgamentos. Diferente do texto narrativo, em que a opinião está implícita"
  • 2

    Leitura da coletânea
    A prova de redação começa com uma leitura atenta da proposta. "O aluno costuma pegar um trecho isolado, que lhe é mais familiar, esquecendo que na proposta tudo é correlacionado. Tem que ler o que está na coletânea e não o que está na cabeça dele"
  • 3

    Posicionamento
    "É preciso assumir uma posição. O que se quer medir com isso é se o candidato já tem opinião própria, se tem capacidade de fazer uma reflexão personalizada"
  • 4

    Argumentação
    "É preciso argumentar bem. O argumento não é prova de verdade.  O argumento é bom quando tem relação com que pretende sustentar e quando é pouco refutável."
  • 5

    Capriche na linguagem
    Além da correção gramatical, o candidato deve organizar bem as frases. "Pegue a sua própria linguagem e escreva com capricho. Não tente usar termos que você desconhece."
Fonte: Francisco Platão Savioli, supervisor de gramática, texto e redação do Anglo Vestibulares
Coordenadora pedagógica do Cursinho da Poli, Alessandra Venturi, faz três recomendações básicas para quem vai fazer a prova neste domingo.
A primeira delas é chegar cedo ao local de prova, para ter tempo de se ambientar. Além disso, ela recomenda que o inscrito mantenha a calma no momento de receber os cadernos da prova. "Para o aluno que está muito ansioso, recomendo que respire fundo e tente se tranquilizar antes da leitura", aconselha. Por fim, ela pede: "divida o tempo para ter, pelo menos, 30 minutos para preencher o cartão de resposta". A professora lembra que não há como consertar as marcações.

Menos de três minutos por pergunta

Se fizermos um cálculo aproximado, uma hora da prova deve ser dedicado à redação (no primeiro dia, a organização da prova dá 4 horas para a resolução das 90 questões e no segundo, há mais 90 questões e a redação).
Das 4 horas restantes, a recomendação é separar meia hora para fazer as marcações no cartão de resposta. Sobram 3 horas e meia -- ou 210 minutos para a resolução das 90 perguntas de múltipla escolha. Numa divisão simples do tempo pelo número de questões, chegamos à conclusão de que o inscrito tem quase 2 minutos e meio para se dedicar a cada uma delas.
Por isso, se você perceber que empacou em uma questão, passe para a próxima. Mesmo que seja na área em que você tem mais conhecimento. "Deixe o orgulho de lado", recomenda Alessandra.
Para Edmilson Motta, do Etapa, "o grande desafio do Enem é vencer o cansaço. É uma prova muito cansativa, porque todas as questões envolvem texto. São perguntas de nível médio, mas com 90 testes que envolvem muita leitura".
O candidato Felipe de Carvalho Pereira, 19, concorda e está desanimado com o segundo dia de prova: “Acho que vai ser mais cansativa por causa da redação e também vai ter mais matemática”. O primeiro dia de exame foi considerado cansativo, tanto pelos inscritos quanto pelos professores ouvidos pelo UOL.

Redação ou questões primeiro?

Quem decide o que fazer primeiro é o próprio inscrito -- e tudo depende de como ele se sente mais confortável e seguro.
Mas, se ficar muito nervoso, uma dica é ler toda a prova e responder as questões. "Às vezes, a leitura já ajuda a ter mais repertório na hora da escrita", diz Alessandra.
Para Maria Aparecida Custódio, professora do laboratório de redação do Curso e Colégio Objetivo, o ideal é ler pelo menos o tema proposto primeiro e depois fazer as questões. "O estudante vai para as questões já pensando no que ele pode fazer no texto. Pensando em como aproveitar as próprias questões para fazer a redação", orientou.

Lanche e água

Nesse segundo dia, em que o inscrito precisa encarar uma hora a mais, é bom prestar atenção redobrada na alimentação e na hidratação. Combinar o consumo de água, carboidratos e proteínas durante o período em que está fazendo o exame pode fazer a diferença no seu rendimento. "O cérebro é um órgão nobre e exige muito carboidrato [para funcionar bem]", explica a nutricionista Marcia Daskal, de São Paulo.
Um dos deslizes mais comuns de atletas de alta performance - sim, vestibulando, você pode ser equiparado a um atleta em competição - é descuidar da hidratação. "A desidratação causa fadiga, sonolência e baixo rendimento mental", enumera Marcia Daskal.

Por isso, levar água é essencial. Uma garrafa de 500 ml para ir tomando aos poucos durante as cinco horas de prova é uma boa medida. "Se tomar muita água, [o candidato] corre o risco de ter de ir várias vezes ao banheiro", diz Marcia.
 

domingo, 16 de outubro de 2011

Emigrar ou imigrar?

Quando você fala sobre a saída ou a entrada de alguém em um país, aparece a dúvida do “emigrou ou imigrou”?

Pois bem, essa imprecisão não é só sua, mas de milhares de pessoas todos os dias. Em textos históricos e jornalísticos os verbos “emigrar” e “imigrar” surgem a todo instante. Quando lemos, é mais fácil, a explicação já está ali grafada no papel! Mas quando é para usar os tais verbos, a incógnita vem e a escolha errada pode mudar o sentido, inclusive da História.

Afinal, foram os europeus que imigraram para o Brasil em 1870 por causa da crise que assolava a Itália.

Se troco o verbo da oração acima para “emigraram”, o sentido da mesma torna-se outro, e a afirmação fica errada.

Imigrar quer dizer entrar em um país estranho, a fim de morar nele.
Ao contrário de emigrar que significa sair de um país e ir morar em outro.

Logo, a ação de deixar um país em função de se estabelecer em outro é emigração:

a) Emigraram da Itália e foram para o Brasil.
b) Alguns pássaros emigram de seu habitat natural a procura de lugares mais quentes.

E se alguém entra em um país com o intuito de morar no mesmo, dizemos: imigração.

a) Vários imigrantes europeus trabalharam em lavouras de café no Brasil, porque de fato não havia outro emprego.
b) O percentual de imigração foi maior no período das guerras.

Lembre-se que ninguém emigra para e sim de algum lugar. Da mesma forma, não é possível imigrar de, mas sim para determinado local. Memorize o significado de um verbo que, consequentemente, saberá o sentido do outro, pois como vimos, são antônimos “emigrar” e “imigrar”.

Importante: Migração corresponde tanto a “emigração” quanto a “imigração”, pois significa o ato de se mover de uma região a outra.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

03/10/2011 - 16h50 / Atualizada 03/10/2011 - 16h54 Fuvest 2012: 1.491 candidatos farão provas de habilidades específicas a partir de domingo

No vestibular 2012 da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular), que seleciona alunos para a USP (Universidade de São Paulo) e para a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa, 1.491 candidatos farão as provas de habilidades específicas antecipadas. São 611 inscritos na carreira de música (Eca/São Paulo) e 880 na carreira de artes visuais. 
As provas para os candidatos de música serão aplicadas nos dias 9, 11, 12, 13 e 14 de outubro. No primeiro dia será realizada a prova teórica, a partir das 14h, e nos demais dias acontecem as provas práticas, em horários que serão divulgados no dia 10. Os candidatos ao curso de artes visuais farão provas somente em 9 de outubro, das 8h às 12h e das 14h às 18h. 

Teste-se sobre as leituras obrigatórias para a USP e a Unicamp
Foto 1 de 10 - O UOL Vestibular preparou testes sobre todas as leituras obrigatórias para o vestibular 2012 da Fuvest, que seleciona alunos para a USP (Universidade de São Paulo), e da Comvest, que seleciona alunos para a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). No 'mais' de cada foto você encontra o link do quiz e no final do teste pode ver o material disponível sobre as obras Folhapress

A lista de aprovados nessas provas serão publicadas em 4 de novembro. Candidatos que não forem aprovados poderão optar por outra carreira.

Inscritos

Foram recebidas 146.885 inscrições para o vestibular 2012. O número é 10,4% maior que no ano passado, quando 132.969 candidatos disputaram 10.752 vagas. O prazo para cadastro no vestibular terminou em 9 de setembro.
Segundo informe divulgado no site da Fuvest, esse número pode sofrer ainda leves alterações nos próximos dias, após a solução de algumas pendências bancárias ligadas à inscrição.
A Fuvest 2012 selecionará candidatos para 10.952 vagas: 10.852 serão para a USP e 100 para a Faculdade de Medicina da Santa Casa. Para esse ano, foram criadas 200 novas vagas na USP, sendo 120 em cursos de engenharia em Lorena e 80 vagas divididas igualmente entre os cursos de ciências biomédicas e saúde pública, ambos na capital.

CRASE: Até as 22h ou até às 22h?

"O resultado das eleições será conhecido até as 22h".

A maioria dos estudantes, ao escrever uma frase parecida com a apresentada no título, ficaria em dúvida quando a colocar ou não o acento grave indicador de crase em "as 22h". Acredito que colocariam o acento. E você, caro internauta, colocaria o acento grave ou não?

Vamos à explicação: o vocábulo crase provém do grego krâsis, cujo significado é ação de misturar, mistura de elementos que se combinam num todo. Para nós, lusófonos, é a contração da preposição a com os artigos definidos a, as ou com os pronomes demonstrativos a, as, aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo:
  • a + a = à
  • a + as = às
  • a + aquele = àquele
  • a + aqueles = àqueles
  • a + aquela = àquela
  • a + aquelas = àquelas
  • a + aquilo = àquilo


Vejamos alguns exemplos:

1. "Nunca obedeci àquele homem, pois não o respeito" (quem obedece, obedece a alguém);
2. "Assisti à peça teatral escrita por Mário Bortoloto" (quem assiste, no sentido de ver, assiste a algo);
3. "Não aspiro àquela vaga, mas à que foi ocupada por Oriolando" (quem aspira, no sentido de desejar muito, aspira a algo);
4. "Cheguei ao cinema às 19h50" (chegar, ao indicar hora exata, exige a preposição a).

Ocorre, porém, que, em muitas situações, outra preposição é usada, e não o a. Quando isso ocorrer, não haverá o acento indicador de crase, em virtude da falta da preposição a. Vejamos alguns exemplos:

1. "Cheguei após as 7h": não há o acento indicador de crase, pois, no lugar da preposição a, usou-se a preposição após;
2. "Estou aqui desde as 7h": não há o acento indicador de crase, pois, no lugar da preposição a, usou-se a preposição desde.

Há, porém, uma preposição que admite a preposição a ao seu lado: é a preposição até. Vejamos alguns exemplos:

1. "Ontem, fomos até o parque caminhar" (ou até ao parque);
2. "Dormi até o meio-dia" (ou até ao meio-dia).

Tal combinação não é obrigatória; é, aliás, desnecessária. A combinação de até com a acontece com o objetivo de evitar ambigüidade, ou seja, evitar duplo sentido na frase, pois o vocábulo até, além de ser preposição, também pode ser advérbio com o sentido de inclusive. Às vezes, não há como saber qual dos dois foi usado.

Veja o seguinte exemplo:
"A enchente inundou o bairro todo, até a igreja"
Não dá para saber o sentido exato da frase. Há duas situações:
- A enchente inundou o bairro todo, mas não a igreja: chegou até ela e parou;
- A enchente inundou o bairro todo, inclusive a igreja.

Se a primeira opção for a verdadeira, até é preposição; se for a segunda, advérbio. Caso a verdadeira seja a primeira opção, recomenda-se o uso da preposição a em combinação com até, evitando, assim, o duplo sentido: "A enchente inundou o bairro todo, até à igreja".

Caso a verdadeira seja a segunda opção, recomenda-se o uso de inclusive: "A enchente inundou o bairro todo, inclusive a igreja".

A frase apresentada no início do texto não apresenta ambigüidade. Pode-se, portanto, usar o acento indicador de crase, mas não há necessidade dele.

"Posso utilizar de seu telefone por uns instantes?"

Posso utilizar de seu telefone por uns instantes?

Essa eu ouvi na novela das nove. A personagem estava mui tranqüilamente conversando com alguém quando chegou esse sujeito e pediu delicadamente: "Posso utilizar de seu telefone?". Você deve estar perguntando-se: Qual é o problema? O problema é que existem alguns verbos que modificam a sua predicação de acordo com a presença ou não do pronome se. Vejamos a teoria:

São chamados de verbos essencialmente pronominais aqueles que nunca vêm desacompanhados do pronome, e acidentalmente pronominais aqueles que podem vir sem ele.

Por exemplo, os verbos arrepender-se e queixar-se nunca poderão ser utilizados sem o pronome se; são, portanto, essencialmente pronominais. Toda a conjugação deles deve ter pronome: Eu arrependo-me, tu arrependes-te, ele arrepende-se, nós arrependemo-nos, vós arrependei-vos, eles arrependem-se.

Já os verbos aborrecer-se e considerar-se não são essencialmente pronominais, já que podem ser usados com ou sem o pronome se; são acidentalmente pronominais, ou seja, há o verbo aborrecer e o verbo aborrecer-se; há o verbo considerar e o verbo considerar-se. Não há, evidentemente, apenas o acréscimo ou a retirada do pronome; muda-se também a predicação e até o significado. Aborrecer significa "sentir horror a; abominar; causar aborrecimento a; desgostar e não exige preposição alguma; aborrecer-se significa "enfastiar-se; enfadar-se" e exige a preposição "de". Por exemplo: "João aborrecia a companheira com longas histórias"; "Após um ano, o sedutor aborreceu-se da companheira".

O verbo apresentado no começo da coluna é acidentalmente pronominal, ou seja, existe o verbo utilizar e o verbo utilizar-se. Utilizar, que não admite preposição alguma, significa "tornar útil; empregar com utilidade; aproveitar; fazer uso de; valer-se de; usar; tirar utilidade de; aproveitar; ganhar; lucrar". Utilizar-se, que exige a preposição "de" significa "lançar mão de; tirar proveito de; servir-se". Perceba que ambos podem ter significados semelhantes: um significa tirar utilidade de; outro, tirar proveito de.

A frase apresentada pode, então, ser estruturada de duas maneiras diferentes: uma, sem pronome nem preposição; outra, com pronome e com preposição. Assim:

Posso utilizar seu telefone por uns instantes?
Ou
Posso utilizar-me de seu telefone por uns instantes?

domingo, 25 de setembro de 2011

Interpretação de texto

Interpretação de texto

Para entender, identifique os símbolos

Carla Caruso*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
"Ler significa aproximar-se de algo que acaba de ganhar existência."
Italo Calvino


Um mapa aberto. A mão estendida para a cartomante. Os búzios na terra. Pegadas na areia. Um pescador olha para o céu e sabe se vai chover. Um biólogo segue os rastros de uma onça pela floresta. Muros escritos da cidade. A linguagem das mãos dos surdos-mudos. O rosto do outro. Os sonhos estranhos. As placas na estrada.

Livros abertos: uma menina deitada no chão vê imagens coloridas. Um homem lê um romance. Uma mulher está atenta às notícias do dia, num jornal. Leituras.

Vivemos num mundo imerso em sinais que fatalmente vemos e precisamos olhar, ler, decifrar. Talvez tão naturalmente quanto respiramos, desenvolvemos a capacidade de ler continuamente as coisas que nos cercam. Lemos para nos entender, para entender os outros e o universo de que fazemos parte. Desde bebês, já estamos atentos às linguagens que nos circundam: os cheiros, os barulhos, as vozes da mãe, do pai, os toques: carícias ou palmadas.

Oralidade e escrita

À medida que crescemos, lançamo-nos às aventuras dos sons articulados, do falar, da língua. Logo passamos a desenhar, a começar a delinear formas na página branca do papel. Começamos a reconhecer letras, sílabas, textos: a escrita abre novas possibilidades para a linguagem que, oralmente, já conquistamos. Depois de aprender a decifrar os textos, estaremos lendo o tempo todo - para sempre. Qualquer palavra que surja à nossa frente é imediatamente decodificada.

Descobrir e decifrar

O ato de ler implica descobrir e conhecer o mundo. Com ele, desenvolvemos o tempo todo um processo de atribuir sentido às coisas. Pense nos inúmeros textos que você encontra em seu dia a dia, enquanto está caminhando em uma avenida, por exemplo: pichações nos muros, outdoors, nomes de ruas nas placas das esquinas, anúncios de lojas, letreiros de edifícios, números das casas, sem falar na banca de jornal, repleta de imagens e manchetes. Na verdade, quase sem perceber, você caminhado por um universo de signos, ou de símbolos, ou ainda de sinais.

O sentido das coisas nos vem principalmente por meio do olhar, da leitura: da compreensão e da interpretação desses múltiplos signos que enxergamos, desde os mais corriqueiros, como os nomes de ruas, até os mais complexos, como uma poesia com metáforas e imagens - cujo sentido muitas vezes demoramos para decifrar.

No poema que segue, de Paulo Leminski, percebe-se o quanto é essencial para o ser humano a atribuição de significados, tanto para os mistérios do nosso mundo interior, quanto para as coisas e fenômenos do mundo exterior a nós:

Buscando o sentido
O sentido, acho, é a entidade mais misteriosa do universo.
Relação, não coisa, entre a consciência, a vivência e as coisas e os eventos.
O sentido dos gestos. O sentido dos produtos. O sentido do ato de existir.
Me recuso a viver num mundo sem sentido.
Estes anseios/ensaios são incursões conceptuais em busca do sentido.
Pois isso é próprio da natureza do sentido: ele não existe nas coisas, tem que ser buscado, numa busca que é sua própria fundação.
Só buscar o sentido faz, realmente, sentido.
Tirando isso, não tem sentido.


Interpretar um texto, então, é tarefa com a qual você já está habituado: da mesma maneira que você identifica na cozinha um estrondo de metais como o sinal de que sua mãe deixou cair as panelas no chão, identifique os símbolos do texto e tente relacioná-los com fatos "do mundo" real. O que o autor quis dizer com tal palavra? Aquele sentimento, você já o experimentou? Entendendo esses símbolos, sua leitura será mais rica e prazerosa.

* Carla Caruso é escritora, pesquisadora e realiza projetos de capacitação de professores no Estado de São Paulo

A 30 dias do Enem 2011, 30 dicas de matéria para a prova


O Enem é uma prova que prioriza bastante a leitura e interpretação de textos. Eles podem ser charges, publicidades, recortes de revistas, jornais, textos da internet. Em alguns casos, as perguntas solicitam conhecimento sobre figuras de linguagem, mas, na maior parte das vezes, o estudante deve apenas identificar aspectos dos texto

Plantel, choldra, cáfila: Você conhece os coletivos da língua portuguesa?


Os irmãos Metralha, ou Beagle boys em inglês, formam um bando ou uma quadrilha. Esses são alguns dos coletivos para bandidos, criminosos, desordeiros ou malfeitores, mas há outros tais como choldra, cambada e corja

Enem 2011 será única forma de seleção em pelo menos 30 universidades federais; confira

http://vestibular.uol.com.br/ultimas-noticias/2011/08/02/enem-2011-sera-unica-forma-de-selecao-em-pelo-menos-30-universidades-federais-confira.jhtm

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Modernismo - Segunda Fase



Introdução
"Os camaradas não disseram que havia uma guerra
e era necessário
trazer fogo e alimento."
(Carlos Drummond de Andrade)

 

Recebendo como herança todas as conquistas da geração de 1922, a segunda fase do Modernismo brasileiro se estende de 1930 a 1945.
Período extremamente rico tanto em termos de produção poética quanto de prosa, reflete um conturbado momento histórico: no plano internacional, vive-se a depressão econômica, o avanço do nazifascismo e a II Guerra Mundial; no plano interno, Getúlio Vargas ascende ao poder e se consolida como ditador, no Estado Novo. Assim, a par das pesquisas estéticas, o universo temático se amplia, incorporando preocupações relativas ao destino dos homens e ao "estar-no-mundo".
Em 1945, ano do fim da guerra, das explosões atômicas, da criação da ONU e, no plano nacional, da derrubada de Getúlio Vargas, abre-se um novo período na história literária do Brasil.

Momento histórico

O período que vai de 1930 a 1945 talvez tenha testemunhado as maiores transformações ocorridas neste século. A década de 1930 começa sob o forte impacto da crise iniciada com a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, seguida pelo colapso do sistema financeiro internacional: é a Grande Depressão, caracterizada por paralisações de fábricas, rupturas nas relações comerciais, falências bancárias, altíssimo índice de desemprego, fome e miséria generalizadas. Assim, cada país procura solucionar internamente a crise, mediante a intervenção do Estado na organização econômica. Ao mesmo tempo, a depressão leva ao agravamento das questões sociais e ao avanço dos partidos socialistas e comunistas, provocando choques ideológicos, principalmente com as burguesias nacionais, que passam a defender um Estado autoritário, pautado por um nacionalismo conservador, por um militarismo crescente c por uma postura anticomunista e antiparlamentar - ou seja, um Estado fascista. É o que ocorre na Itália de Mussolini, na Alemanha de Hitler, na Espanha de Franco e no Portugal de Salazar.
O desenvolvimento do nazifascismo e de sua vocação expansionista, o crescente militarismo e armamentismo, somados às frustrações geradas pelas derrotas na I Guerra Mundial: este é, em linhas gerais, o quadro que levaria o mundo à II Guerra Mundial ( 1939-1945) e ao horror atômico de Hiroxima e Nagasáqui (agosto de 1945).
No Brasil, 1930 marca o ponto máximo do processo revolucionário estudado nos dois capítulos anteriores, ou seja, é o fim da República Velha, do domínio das velhas oligarquias ligadas ao café e o início do longo período em que Vargas permaneceu no poder.
A eleição de 1°- de março de 1930 para a sucessão de Washington Luís representava a disputa entre o candidato Getúlio Vargas, em nome da Aliança Liberal, que reunia Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba, e o candidato oficial Júlio Prestes, paulista, que contava com o apoio das demais unidades da Federação. O resultado da eleição foi favorável a Júlio Prestes; entretanto, entre a eleição e a posse, que se daria em novembro, estoura a Revolução de 30, em 3 de outubro, ao mesmo tempo que a economia cafeeira sente os primeiros efeitos da crise econômica mundial.
A Revolução de 30, que levou Getúlio Vargas a um governo provisório, contava com o apoio da burguesia industrial, dos setores médios e dos tenentes responsáveis pelas revoltas na década de 1920 (exceção feita a Luís Carlos Prestes, que, no exílio, havia optado claramente pelo comunismo). Desenvolve-se, assim, uma política de incentivo à industrialização e à entrada de capital norte-americano, em substituição ao capital inglês.
Uma tentativa contra-revolucionária partiu de São Paulo, em 1932, como resultado da frustração dos paulistas com a Revolução de 30: a oligarquia cafeeira sentia-se prejudicada pela política econômica de Vargas; as classes médias e a burguesia temiam as agitações sociais; e, para coroar o descontentamento, Vargas havia nomeado um interventor pernambucano para São Paulo. A chamada Revolução Constitucionalista explodiu em 9 de julho, mas não logrou êxito. Se Guilherme de Almeida foi o poeta da Revolução paulista, tendo produzido vários textos ufanistas, Oswald de Andrade foi seu romancista crítico, como atesta seu livro Marco zero - a revolução melancólica.
Ainda em 32, a ideologia fascista encontra ressonância no nacionalismo exacerbado do Grupo Verde-Amarelo, liderado por Plínio Salgado, fundador da Ação Integralista Brasileira. Ao mesmo tempo crescem no Brasil as forças de esquerda. Em 1934, elas formam uma frente única: a ANL - Aliança Nacional Libertadora. Tornam-se freqüentes os choques entre a extrema-direita e os membros da ANL, até que o governo federal manda fechá-la, por "atividade subversiva de ordem política e social", em julho de 1935. Entretanto, na clandestinidade, a ANL tenta uma revolução, em novembro desse mesmo ano, "contra o imperialismo e o fascismo" e "por um governo popular nacional revolucionário". Os revoltosos previam uma rebelião militar imediatamente acompanhada por revoltas populares, mas o movimento não foi além de três unidades militares, logo derrotadas; milhares de pessoas foram aprisionadas, e o governo obteve um pretexto para endurecer o regime.
Getúlio Vargas, auxiliado pelos integralistas, inicia sua ditadura em 10 de novembro de 1937. O chamado Estado Novo será um longo período antidemocrático, anticomunista, baseado num nacionalismo conservador e na idolatria de um chefe único: Getúlio Vargas. Essa situação se prolongará até 29 de outubro de 1945, quando, pressionado, Getúlio renuncia.
Diante desses significativos acontecimentos, Carlos Drummond de Andrade publica, em 1945, um poema intitulado "Nosso tempo", que revela o estado de ânimo da parcela mais consciente da sociedade:
"Este é tempo de partido,
tempo de homens partidos.

Em vão percorremos volumes,
viajamos e nos colorimos.
A hora pressentida esmigalha-se em pó na rua.
Os homens pedem carne. Fogo. Sapatos.
As leis não bastam. Os lírios não nascem
da lei. Meu nome é tumulto, e escreve-se
na pedra.
(...)"

Características

A poesia da segunda fase do Modernismo representa um amadurecimento e um aprofundamento das conquistas da geração de 1922: é possível perceber a influência exercida por Mário e Oswald de Andrade sobre os jovens que iniciaram sua produção poética após a realização da Semana. Lembramos, a propósito, que Carlos Drummond de Andrade dedicou seu livro de estréia, Alguma poesia (1930), a Mário de Andrade. Murilo Mendes, com seu livro História do Brasil, seguiu a trilha aberta por Oswald, repensando nossa história com muito humor e ironia, como ilustra o poema "Festa familiar":

"Em outubro de 1930
Nós fizemos - que animação!
Um pic-nic com carabinas."

Formalmente, os novos poetas continuam a pesquisa estética iniciada na década anterior, cultivando o verso livre e a poesia sintética, de que é exemplo ó poema "Cota zero", de Drummond:
"Stop. A vida parou
ou foi o automóvel'?"

Entretanto, é na temática que se percebe uma nova postura artística: passa-se a questionar a realidade com mais vigor e, fato extremamente importante, o artista passa a se questionar como indivíduo e como artista em sua "tentativa de explorar e de interpretar o estar no mundo". O resultado é uma literatura mais construtiva e mais politizada, que não quer e não pode se afastar das profundas transformações ocorridas nesse período; daí também o surgimento de uma corrente mais voltada para o espiritualismo e o intimismo, caso de Cecília Meireles, de Jorge de Lima, de Vinícius de Moraes e de Murilo Mendes em determinada fase.
É um tempo de definições, de compromissos, do aprofundamento das relações entre o "eu" e o mundo, mesmo com a consciência da fragilidade do "eu". Observemos três momentos de Carlos Drummond de Andrade em seu livro Sentimento do mundo (o título é significativo), com poesias escritas entre 1935 e 1940:

"Tenho apenas duas mãos / e o sentimento do mundo"
Mais adiante, em verdadeira profissão de fé, declara:
"Não, meu coração não é maior que o mundo.
É muito menor.
Nele não cabem nem as minhas dores.
Por isso gosto tanto de me contar.
Por isso me dispo, por isso me grito,
por isso freqüento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias:
preciso de todos."

Essa consciência de ter "apenas" duas mãos e de o mundo ser tão grande, longe de significar derrotismo, abre como perspectiva única para enfrentar esses tempos difíceis a união, as soluções coletivas:

"O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas." 

Revisão de Textos

Entende-se por revisão o processo de leitura crítica na qual o escritor questiona seu texto quanto ao conteúdo, organização e linguagem. Ao rever e ao reescrever o texto ele escolhe, entre as inúmeras possibildades oferecidas pela língua para transmitir uma informação, aquela que, dentro do contexto, é mais adequada, precisa e clara.
Avaliando o texto
No processo de composição de um texto, são necessários dois posicionamentos distintos por parte daquele que o escreve. Primeiramente, o escritor atua como emissor da mensagem. Num segundo momento, ao ler o que foi escrito, torna-se leitor crítico do próprio texto. A avaliação do texto consiste em julgar se os objetivos propostos foram atingidos. A leitura crítica deve analisar os seguintes aspectos:
1 - O texto atende ao objetivo proposto?
2 - As ideias estão expressas com clareza?
3 - Predomina no texto uma ideia central?
4 - Há ligação entre as partes do texto?
As respostas a essas perguntas podem direcionar o revisor para a melhora do texto, possibilitando:
- a introdução de mudanças em alguma parte que não lhe pareça suficientemente clara;
- eliminar, acrescentar ou ampliar alguma informação;
- alterar a ordem de algum bloco de informações.
 
Corrigindo o texto
Durante o processo de escrita, é possível que o autor do texto tenha cometido erros de pontuação, ortografia, acentuação, concordância, imprecisão de vocabulário, etc. Nesse caso, a revisão tem o objetivo de identificar e corrigir esses possíveis erros. É necessário estar atento, observando os itens a seguir:
1 - As palavras estão grafadas e acentuadas corretamente? Se houver dúvida, consulte um dicionário ou substitua a palavra por outra sinônima.
2  - O texto está bem pontuado? Para facilitar, evite frases muito longas.
3 -  Há algum erro de concordância?
4 - Há alguma impropriedade quanto ao vocabulário?

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Figuras de palavras

Também chamadas de figuras de semântica, são formas de expressar o pensamento ou os sentimentos de modo vivo, enérgico, vibrante, capaz de impressionar o ouvinte ou leitor, escapando ao uso corriqueiro que se faz das palavras e da língua.

1. Antonomásia: substituição de um nome próprio por um atributo ou qualidade que lhe diz respeito - e vice-versa:
Já quiseram os Deuses que tivesse
O filho de Filipe, nesta parte,
Tanto poder que tudo submetesse
Debaixo do seu jugo o fero Marte.
(Camões)
[No caso, "filho de Filipe" refere-se a Alexandre Magno.]

Observação: é também por antonomásia que a tradição literária e histórica concede títulos específicos a alguns homens célebres: Águia de Haia (Rui Barbosa); Boca do Inferno (Gregório de Matos); Poeta das Estrelas (Olavo Bilac) etc.

2. Metonímia: emprego de um termo por outro, através de uma relação de dependência, que pode ser da causa pelo efeito, da parte pelo todo, do conteúdo pelo continente, da obra pelo autor, da causa pela consequência etc., e vice-versa:
a) o efeito pela causa:
As cãs inspiram respeito (em vez de a velhice).
b) o autor pela obra:
Ler Machado de Assis.
c) o continente pelo conteúdo:
Tomar uma garrafa (de vinho).
d) a parte pelo todo:
Completou quinze primaveras (por anos).
e) o singular pelo plural:
A mulher tem sempre rara intuição (por as mulheres).
f) a característica pelo produto:
"(Um homem) trazia um ferro na mão gotejando vermelho, uma faca de lâmina estreita ou um punhal" (Raul Pompeia). [No caso, vermelho = sangue.]

3. Sinédoque: na prática, confunde-se com a metonímia. Tal semelhança, inclusive, é objeto de discussão entre os gramáticos. Seria uma metonímia baseada na relação quantitativa entre o significado original da palavra usada e o conteúdo ou referente imaginado:
Braços para a lavoura (Onde "braços" substitui "homens" ou "trabalhadores").

4. Metáfora: é o mais expressivo elemento em que se apoia a linguagem figurada. Trata-se da principal figura semântica, da qual as outras figuras podem aproximar-se, ou confundir-se com ela. Consiste na transferência de um termo para uma esfera de significação que não é a sua, em virtude de uma comparação implícita. Em outras palavras, é o deslocamento de um termo, ou de uma expressão, de sua área de significado normal para outra, processo de que resulta a produção de um efeito estético em que se faz presente o binômio denotação/conotação:
Perdi a chave do apartamento. [sentido denotativo]
Percebemos, enfim, a chave do problema. [sentido conotativo ou metafórico]
"No dia seguinte, acordamos debaixo de um temporal [...]. Enfim a tempestade amainou. Confesso que foi uma diversão excelente à tempestade do meu coração." (Machado de Assis)

A metáfora pode ser caracterizada ainda pelas seguintes figuras:

4.1. Catacrese: é a metáfora mais comum, estereotipada, que resulta da ausência de um termo próprio para designar determinada coisa: pernas da mesa, cabeça de alfinete etc.

4.2. Personificação (ou animismo): atribuição a seres inanimados de ações, qualidades ou sentimentos próprios do homem:
"[...] o sol, no poente, abre tapeçarias..." (Cruz e Souza)

4.3. Hipérbole: figura do exagero; tem por fundamento a paixão, que leva o escritor ou o falante a deformar a realidade, glorificando-a ou amesquinhando-a segundo seu modo particular de sentir:
"Eu, somente eu, com a minha dor enorme,
Os olhos ensanguento na vigília!"
(Augusto dos Anjos)

4.4. Símbolo: é a metáfora que ocorre quando o nome de um ser ou coisa concreta assume valor convencional, abstrato:
Ele hesita entre a cruz [o cristianismo ou as virtudes cristãs] e os prazeres da vida.

4.5. Sinestesia: interpenetração de planos sensoriais. Fundem-se sensações visuais com auditivas, gustativas, olfativas, tácteis, num amálgama de efeitos expressivos:
"Por uma única janela envidraçada, [...] entravam claridades cinzentas e surdas, sem sombras." (Clarice Lispector)

Fontes
Figuras de estilo, José Geraldo Pires-de-Mello, Editora Rideel/Centro Universitário de Brasília - UniCEUB, 2ª edição, São Paulo, 2001.
Gramática normativa da língua portuguesa, Rocha Lima, José Olympio Editora, 34ª edição, 1997.

Análise e interpretação de textos


Para analisar e interpretar textos é preciso saber ler. Mas, como aprender a ler? Lendo. Alguém que deseje aprender a nadar terá de, inevitavelmente, entrar na água. O mesmo ocorre com a formação de um leitor: se ele não se dedicar ao exercício da leitura, debruçando-se sobre poemas, notícias e crônicas de jornal, romances, ensaios etc., jamais aprenderá a ler.

Mas a verdadeira leitura pressupõe compreensão. Não basta passar os olhos sobre as palavras, mas é preciso entender o significado delas - ou, pelo menos, aproximar-se do que o autor pretende transmitir. E, depois, para realmente analisar o objeto da nossa leitura, devemos proceder à identificação das características, dos atributos, das propriedades do texto.

Textos denotativos - um ensaio, uma dissertação, uma notícia ou reportagem - são escritos em linguagem conceitual. Esse tipo de texto - racional, que se apoia em conceitos, leis, princípios ou normas - pede do leitor uma postura objetiva.

Já os textos conotativos - a poesia e os gêneros de ficção, incluindo algumas crônicas - exigem de nós uma postura subjetiva, pois são escritos em linguagem poética. Ou seja, são textos que exploram aquele conjunto de alterações ou de ampliações que uma palavra pode agregar ao seu sentido literal (ou denotativo). Os meios para se alcançar esse tipo de expressão envolvem as diversas figuras de linguagem, a criação de personagens e uma infinidade de associações entre os vocábulos, criando, muitas vezes, um mundo à parte.

Para esses dois tipos de textos podemos estabelecer algumas regras gerais de leitura:

1. Cada novo texto é, também, um novo universo. Para apreender o que o autor pretende transmitir, devemos estar abertos ao novo. Então, antes de iniciar a leitura, procure esquecer o que lhe disseram sobre o autor - as críticas e os elogios -, e aproxime-se do texto sem preconceitos.

2. Se for um texto curto - artigo, notícia, crônica, conto, etc. -, leia-o integralmente, procurando captar o seu sentido geral, e só depois, reiniciando a leitura, proceda assim: a) procure, no dicionário, cada uma das palavras desconhecidas ou cujo sentido lhe pareça estranho, duvidoso. b) sublinhe ou circule, em cada parágrafo, a frase que expressa a ideia central daquele trecho. c) faça anotações nas margens do texto, mas de maneira que elas expressem o seu pensamento, as suas interrogações, as suas concordâncias ou discordâncias, relacionando o texto às suas vivências pessoais e a outras leituras que você, porventura, tenha feito.

3. Se o texto for longo - romance, ensaio, tese, peça de teatro etc. - siga os passos acima, mas desde o primeiro momento da leitura.

4. Não tenha preguiça. A leitura exige, muitas vezes, que voltemos ao início do texto ou do capítulo, que retrocedamos alguns parágrafos, a fim de retomar certa ideia ou rever o comportamento, a fala de uma personagem.

5. À medida que você decodifica as palavras, procure relacioná-las com o todo. Ou seja, compreenda as palavras dentro do contexto (o conjunto de frases, o encadeamento do discurso).

6. Enquanto lê, estabeleça um duplo diálogo: com o autor e com você mesmo.

7. Quando o texto usar a linguagem conceitual, não faça uma leitura tímida: imagine-se concordando e, também, discordando das ideias expostas. Coloque-se no papel de defensor e de opositor. Depois, forme seu próprio julgamento.

8. Quando o texto utilizar a linguagem poética, imagine a cena, coloque-se no lugar das personagens. Muitas vezes, poemas e textos de ficção tratam de realidades completamente diferentes da nossa, o que exige uma leitura sem preconceitos. Não tenha receio: entre os gregos, transforme-se em grego.

9. Não seja um leitor crédulo, não acredite com facilidade em tudo que lê. Num texto conceitual, seja implacável com a argumentação do autor: ele realmente convenceu você? Quais as partes frágeis do texto? Quais as qualidades? Aja da mesma forma em relação ao texto poético: o enredo convenceu você? A história é verossímil (transmite a impressão de verdade) ou imperfeita, defeituosa? O bom leitor nunca é ingênuo.

10. Numa prova, não se esqueça: a) leia o texto com calma, duas ou três vezes; b) a cada questão, retorne ao texto e esclareça suas dúvidas; c) esteja atento ao enunciado da questão, pois, muitas vezes, ele exigirá que você leia não só o trecho citado, mas um ou mais parágrafos. d) muitas vezes, a resposta correta não corresponde exatamente ao que está no texto, mas apenas se aproxima do sentido geral.

domingo, 7 de agosto de 2011

CURIOSIDADE

Qual é a Expressão?




Arregaçar as mangas.

Dar início a um trabalho ou atividade com afinco.

Qual é a Expressão?


As Expressões Idiomáticas estão presentes em diversas situações do dia a dia. Veja as fotos abaixo e tente descobrir o significado que cada uma representa. Para verificar a resposta, clique em "Ver Expressão".



Andar na linha.

Significa agir corretamente, obedecer. A expressão pode ter se originado nos quartéis, onde os recrutas aprendiam a andar na linha, quer no sentido literal, acompanhando o pelotão, quer no sentido conotativo, obedecendo a seus superiores militares, sem se desviar.

Contos de fada

Academia Brasileira de Letras

sábado, 30 de julho de 2011

Reforma ortográfica

Cronologia das Reformas Ortográficas na Língua Portuguesa
Séc XVI até ao séc. XX - Em Portugal e no Brasil a escrita praticada era de caráter etimológico (procurava-se a raiz latina ou grega para escrever as palavras).
1907 - A Academia Brasileira de Letras começa a simplificar a escrita nas suas publicações.
1910 - Implantação da República em Portugal – foi nomeada uma Comissão para estabelecer uma ortografia simplificada e uniforme, para ser usada nas publicações oficiais e no ensino.
1911 - Primeira Reforma Ortográfica – tentativa de uniformizar e simplificar a escrita de algumas formas gráficas, mas que não foi extensiva ao Brasil.
1915 - A Academia Brasileira de Letras resolve harmonizar a ortografia com a portuguesa.
1919 - A Academia Brasileira de Letras revoga a sua resolução de 1915.
1924 - A Academia de Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras começam a procurar uma grafia comum.
1929 - A Academia Brasileira de Letras lança um novo sistema gráfico.
1931 - Foi aprovado o primeiro Acordo Ortográfico entre o Brasil e Portugal, que visava suprimir as diferenças, unificar e simplificar a língua portuguesa, contudo não foi posto em prática.
1938 - Foram sanadas as dúvidas quanto à acentuação de palavras.
1943 - Foi redigido, na primeira Convenção ortográfica entre Brasil e Portugal, o Formulário Ortográfico de 1943.
1945 - O acordo ortográfico tornou-se lei em Portugal, mas no Brasil não foi ratificado pelo Governo. Os brasileiros continuaram a regular-se pela ortografia anterior, do Vocabulário de 1943.
1971 - Foram promulgadas alterações no Brasil, reduzindo as divergências ortográficas com Portugal.
1973 - Foram promulgadas alterações em Portugal, reduzindo as divergências ortográficas com o Brasil.
1975 - A Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras elaboram novo projeto de acordo, que não foi aprovado oficialmente.
1986 - O presidente brasileiro José Sarney promoveu um encontro dos sete países de língua portuguesa - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe - no Rio de Janeiro. Foi apresentado o Memorando Sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
1990 - A Academia das Ciências de Lisboa convocou novo encontro juntando uma Nota Explicativa do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa – as duas academias elaboram a base do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. O documento entraria em vigor (de acordo com o 3º artigo do mesmo) no dia 1º de Janeiro de 1994, após depositados todos os instrumentos de ratificação de todos os Estados junto do Governo português.
1996 - O último acordo foi apenas ratificado por Portugal, Brasil e Cabo Verde.
2004 - Os ministros da Educação da CPLP reuniram-se em Fortaleza (Brasil), para propor a entrada em vigor do Acordo Ortográfico, mesmo sem a ratificação de todos os membros.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Ler, escrever e pensar

eja a seguir outro tipo de roteiro. Siga os passos:
1) Interrogue o tema;
2) Responda-o de acordo com a sua opinião;
3) Apresente um argumento básico;
4) Apresente argumentos auxiliares;
5) Apresente um fato-exemplo;
6) Conclua. 

Vamos supor que o tema de redação proposto seja: Nenhum homem vive sozinho. Tente seguir o roteiro:
1. Transforme o tema em uma pergunta: Nenhum homem vive sozinho?
2. Procure responder essa pergunta, de um modo simples e claro, concordando ou discordando (ou concordando em parte e discordando em parte): essa resposta é o seu ponto de vista.
3. Pergunte a você mesmo, o porquê de sua resposta, uma causa, um motivo, uma razão para justificar sua posição: aí estará o seu argumento principal.
4. Agora, procure descobrir outros motivos que ajudem a defender o seu ponto de vista, a fundamentar sua posição. Estes serão os argumentos auxiliares.
5. Em seguida, procure algum fato que sirva de exemplo para reforçar a sua posição. Este fato-exemplo pode vir de sua memória visual, das coisas que você ouviu, do que você leu. Pode ser um fato da vida política, econômica, social. Pode ser um fato histórico. Ele precisa ser bastante expressivo e coerente com o seu ponto de vista. O fato-exemplo geralmente dá força e clareza à argumentação. Além disso, pessoaliza o nosso texto, diferenciando-o dos demais.
6. A partir desses elementos, você terá o rascunho de sua redação.

Redação

Dominar a arte da escrita é um trabalho que exige prática e dedicação. Não existem fórmulas mágicas: o exercício contínuo, aliado à leitura de bons autores, e a reflexão são indispensáveis para a criação de bons textos. Nesta seção, serão apontadas algumas características que você deverá observar na produção de seus textos. Desejamos que as dicas apresentadas sejam bastante úteis a você.
Ler, escrever e pensar

Saber escrever pressupõe, antes de mais nada, saber ler e pensar. O pensamento é expresso por palavras, que são registradas na escrita, que por sua vez é interpretada pela leitura. Como essas atividades estão intimamente relacionadas, podemos concluir que quem não pensa (ou pensa mal), não escreve (ou escreve mal); quem não lê (ou lê mal) não escreve (ou escreve mal).
Ler, portanto, é fundamental para escrever. Mas não basta ler, é preciso entender o que se lê. Entender significa ir além do simples significado das palavras que aparecem no texto. É preciso, também, compreender o sentido das frases, para que se alcance uma das finalidades da leitura: a compreensão de ideias e, num segundo momento, os recursos utilizados pelo autor na elaboração do texto.
Apesar do grande poder dos meios eletrônicos, a leitura é ainda uma das formas mais ricas de informação, pois grande parte do conhecimento nos é apresentado sob forma de linguagem escrita.
Lembre-se: estar bem informado é uma das normas mais importantes para quem quer escrever bem.