Em 2ª edição, Mostra Black pretende reunir "a" grife da arquitetura em ambientes com luxo e criatividade
GIOVANNY GEROLLADo UOL, em São Paulo
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Kátia Kuwabara/ UOLO arquiteto e designer Guilherme Torres assina o Living Contemporâneo da 2ª edição da Mostra Black
- 2011: em casarão dos anos 40, Mostra Black estreia em SP com ambientes conceituais
- Assista à reportagem sobre a 1ª edição da Mostra Black, em 2011
A ideia que envolve a Black é fugir um pouco do grande circuito das conhecidas mostras “coloridas”, com o propósito de dar total liberdade aos 22 profissionais convidados – nem todos novos -, responsáveis por construir através de sua interpretação espacial o que se pretende "a" grife da arquitetura e decoração. Dentre os participantes, há vários que já estiveram em outras exposições do gênero, em outros momentos da história.
Mostra Black chega a 2ª edição, veja ambientes
Foto 8 de 40 - Christina
Hamoui privilegiou os amantes do ciclismo com cores a la Piet Mondrian.
O Bike Lover Studio não só destaca o vermelho, o amarelo e o azul -
cores marcantes do pintor holandês, como remete à bicicleta modelo
Mondrian 695, usada no Tour de France 2010. O ambiente é estruturado em
marcenaria escura e jovem, porém sóbrio, deixa predominar o tom cinza,
mais masculino e contemporâneo. Móveis Érea, Casual, Uniflex e
Artefacto; tapetes Avanti e iluminação La Lampe Kátia Kuwabara/ UOL
Em tese, na Black, os profissionais desenvolvem o que bem entendem, dentro dos espaços a eles indicados (cada um recebe um cômodo da casa). "Não que em outras mostras nos tenham negado liberdade de criação, mas como na Black o número de participantes é menor, nosso trabalho tem maior visibilidade”, pondera o paisagista Gilberto Elkis, um dos integrantes da exposição, com experiência em eventos deste tipo. Na atual edição, ele faz a ambientação da piscina.
Já a designer de interiores Christina Hamoui não esteve na edição de 2011, mas estreia este ano em estilo “Black Tie”: “O ‘timing’ aqui é diferente; temos o propósito de inovar, sair do comum, ou daquilo que todo mundo está cansado de ver”, avalia. “Como não temos um tema a nos orientar, as ideias fluem totalmente.”
Fazer por completo
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Ambiente criado por David Bastos, na Mostra Black
O que há é inovação ou não, fica por conta dos olhos críticos de quem visita a mostra. Porém, o que se verifica é que fornecedores de materiais, revestimentos e objetos de decoração não diferem muito de outros eventos do gênero, com algumas opções de antiquários e importadores que vão além. Assim, de forma geral, o que faz a diferença, no fim das contas, é o gosto do arquiteto, decorador ou paisagista, de acordo com sua imaginação mais ou menos fértil em combinar elementos.
“Quero resgatar o designer que faz tudo: desenha o móvel, o tapete, faz um mural de azulejos. Minha experiência é em design de móveis, mas também faço interiores e acho que foi exatamente isso o que interessou aos organizadores – a possibilidade de trazer algo exclusivo e que não existe (mais) no mercado”, analisa Rodrigo Almeida, que fez carreira no exterior e acaba de começar sua fase brasileira de produção. Bastante entusiasmado, preparou o escritório que homenageia Burle Marx.
Guilherme Torres, com seu Living Contemporâneo, também desenvolveu sofás, construiu um pé direito de 4 metros de altura e fez sala de recepção decorada com moto zero quilômetro, “pick up” de DJ e pinturas em estilo distante do clássico ou rococó. Frio, lindo e impressionante. Se é inovador? Cabe ao julgamento de quem observa.
Por outro lado, ao fim da segunda-feira (28), véspera da abertura, nem tudo estava no lugar. O ambiente da arquiteta Débora Aguiar, chamado “Casa Black”, ainda não estava pronto.
Este ano o paisagismo ganhou mais espaço na mostra: são 1.400 m² de área verde, nas mãos de Alex Hanazaki, Gilberto Elkis, Luiz Carlos Orsini e Rodrigo Oliveira. E, para a visita ficar ainda mais agradável, foram criados espaços de convivência, como o restaurante projetado por Renata Seripieri e operação do Terraço Itália, a cargo do Chef Pasquale Mancini, que desenvolveu menu especial para a mostra. Caro (o ingresso custa R$ 100), o evento é ainda assim imperdível, àqueles que têm a arquitetura de interiores como regalo da vida.
Serviço
2ª MOSTRA BLACK - Arquitetura |Decoração| Paisagismo
Curadoria: Sergio Zobaran
Quando: de 22 de maio a 24 de junho de 2012
terça a sábado e feriados, das 11h30 às 21h30; domingo, 11h às 19h30
Onde: rua Professor Fonseca Rodrigues, 664 – esquina com a rua Orobó, 767
Quanto: R$ 100 (preços especiais para estudantes, idosos, professores, profissionais da área e grupos)
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